Outro dia me peguei fazendo planos e mais planos para comprar mil coisas e economizar muito dinheiro para poder me cercar de luxos: Iphone, notebook, sapato, roupa, bolsa, jóias. Foi quando parei pra me perguntar: E isso tudo é pra que? Pra fazer parte de que?
De onde vieram todos esses desejos completamente dispensáveis? E o sonho de comprar um carro e, automaticamente, um pouquinho de autonomia? E o sonho de viajar sempre que for possível e, aos poucos, conhecer o mundo todo? E meu futuro apartamento?
As pessoas, e eu me incluo aí, sonham em não precisar de aprovação ou reconhecimento, e depertar a afeição alheia sem esforço. Fizeram-nos pensar que quem nos daria esse poder seria o dinheiro.

As pessoas, e eu me incluo aí, sonham em não precisar de aprovação ou reconhecimento, e depertar a afeição alheia sem esforço. Fizeram-nos pensar que quem nos daria esse poder seria o dinheiro.
Foi aí que percebi a influência das redes socias sobre mim, e acredito que sobre todo mundo.
Fiquei lembrando da minha irmã mais nova postando mil fotos no tumblr de vários cafés e produtos derivados como se amasse a bebida, e pedindo refrigerante qua

Ficou fácil ser outra pessoa. Parecer legal, moderno, cheio de amigos. Todo mundo sabe aonde você vai, com quem e o que vocês fazem. Todos tem os melhores smartphones, usam as ferramentas mais modernas, reclamam dos seus trabalhos, vão aos lugares da moda, bebem até cair, riem e são felizes com seus amigos. É como se as pessoas tivessem que dar satisfação pra mundo. Comprovarem que são legais e bem aceitos na sociedade. E tudo isso em tempo real.
Era pra ser um desabafo, uma interação, mas estão forçando a barra. Eu entrei nessa sem perceber.
A verdade é que viver conectada à internet já não me parece um bom negócio. As redes sociais me prendem a um passado que já não faz mais parte de mim e me fazem querer um futuro que nada tem a ver comigo. Esse mundo virtual desperta o pior em mim - Mentira, inveja, remorso, raiva. Não foi isso que sonhei pra mim.
Era pra ser um desabafo, uma interação, mas estão forçando a barra. Eu entrei nessa sem perceber.
A verdade é que viver conectada à internet já não me parece um bom negócio. As redes sociais me prendem a um passado que já não faz mais parte de mim e me fazem querer um futuro que nada tem a ver comigo. Esse mundo virtual desperta o pior em mim - Mentira, inveja, remorso, raiva. Não foi isso que sonhei pra mim.
Depois disso fiquei bem afim de mudar de vida, deixar o passado aonde ele deve ficar. Livrar-me do que me faz mal, voltar pra academia, continuar com o violão, estudar um pouco, ler mais livros, sair mais de casa, ver mais filmes, me alimentar melhor. Estou querendo parar de fazer coisas para agradar os outros e chamar atenção de não sei quem. Quero viver pra mim. Quero conhecer mais gente e mais lugares, e quero, principalmente, que isso seja real. E sinto que essa é a melhor hora. Ano novo, emprego novo... Tem que ser agora!
Então aparece o 1° problema: Se é tão ruim, por que não abrir mão de tudo isso logo? Porque o acesso à internet também me trouxe coisas boas. Muitos amores, muito conhecimento, mas principalmente, muitos amigos. Sintam-se honrados, queridos hermanos da mesa de bar, pois é por vocês que continuo nas tão famigeradas redes sociais. Por vocês e por aqueles que tenho pouca oportunidade de ver.
Aí chegamos ao 2° e principal problema: Quantas vezes você leitor já não viu manifestações como essa por aqui? Praticamente todo o blog se baseia nisso. Conclui-se então que nunca deu certo. Tenho vontade de fazer coisas mais interessantes mas acho tremendamente difícil levantar a bunda dessa cadeira. Por isso a minha atitude desesperada de querer sumir com orkut, twitter e etc. Uma tentativa de diminuir meu anseio pela internet e estimular a realização de atividades produtivas.
Mais um desafio para 2011: largar o computador sem abrir mão da internet.
Essa sou eu brigando comigo mesma.
Alguma sugestão?
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Um comentário:
"Mapas do acaso" em alusão ao livro, à música ou ao sentido da expressão?
Sobre o computador eu vejo a reedição das críticas feitas à TV. No entanto, quem criticava veementemente a Tv parecia esquecer que havia o botão vermelho: aquele que desliga.
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