27/10/2013

Sigo me agarrando a qualquer possibilidade de amor, como se uma palavra ou um toque desfizesse toda frieza com que me acolheste. Sigo apressada, buscando qualquer palavra que me dê caminho para imaginar um abraço. Sigo sentindo a dor das palavras que disse, mesmo sabendo que dizem mais de você do que mim. Sigo sabendo que vou sozinha e contando com a sua companhia.
Você é o cara mais estupidamente inteligente que conheci. E o mais bonito. E o mais idiota. E o único que pode me oferecer abrigo nas noites de chuva. Um abrigo frio, sozinho e escuro, mas longe da chuva.

20/10/2013

Rezei a Deus para te esquecer, perder seu número, confundir seu endereço. Pedi para que o vento frio deixasse de entrar pela porta que você deixou aberta. Pedi para te perder. Supliquei para que meu coração deixasse de apertar toda vez que penso em você, para que seu rosto parasse de invadir meus pensamentos e que meu corpo deixasse de querer o seu. Pedi a Deusque me desse ar. Pedi pra entender o que te faz ficar, mesmo parecendo não querer. Pedi que me ajudasse a parar de buscar seus lábios sempre que a solidão viesse me visitar e que não tivesse mais vontade de ouvir sua voz a toda hora do dia. Pedi que a sua frieza e seu jeito rude fossem mais importantes do que as 2 ou 3 palavras carinhosas que me disse. Rezei a Deus para que a sua estupidez me fizesse desistir e que eu não pudesse mais enxergar no fundo dos seus olhos essa tristeza travestida de indiferença. Supliquei para que ainda houvesse tempo de voltar, para que eu conseguisse correr, mas enquanto rezava ouvi a voz suave de Deus me dizer: "Agora não tem mais jeito".