27/09/2009

Algum remédio que me dê alegria

Os últimos posts têm um tom melancólico que eu não esperava de mim mesma. Todos com o mesmo tipo de frustração com relação às pessoas. Escorre culpa pelas frases. Culpa de ter esperado que o outro me desse o que eu não tenho. Saber que vivo em função do outro foi uma descoberta que me doeu. E doeu mais saber que isso nao tem solução.

O encontro de novos problemas e antigas dificuldades me sensibilizaram mais do que eu esperava. Me surpreendo quando vejo a mulher fraca e chorona na qual aquela menina forte se transformou. Me decepciono comigo mesma. Não me desapeguei do que era mais importante. Aprendi a teoria corretamente e não consegui por em prática. Tenho matado bem mais que um leão por dia.
Me surpreendi ao me ver perdendo o sono por coisas banais. Há semanas não consigo parar de chorar. Não desgrudo do telefone e nao tenho mais assunto pra conversar. Parei de escrever. Pensei muitas vezes em acabar com tudo. Não o fiz ou por não assumir minha fraqueza ou por ser covarde demais. Talvez seja meu inferno astral denovo.

Tive raiva, tive tristeza, tive mais tristeza. Talvez eu não mereça ser feliz, enfim. Talvez eu não consiga. Se esse é o sofrimento tão prazeroso do qual os poetas falavam, acho que não quero amar.

Ficarei por aqui. Não tenho gostado das minhas palavras, tampouco de mim.

2 comentários:

Iraê A. disse...

O importante é saber que todos nós sofremos, sempre. Importante saber também que a maneira como encaramos esse sofrimento tem um nome: vida. Se quiser ter uma vida boa, sorria da dor. Se quiser se orgulhar se si mesma, trate os problemas como um palhaço de circo, sabendo que há seriedade, e sorrindo para ela. Agora, quer tristeza? Se entregue, faça das coisas difíceis realmente difíceis, e as aceite. Pelo menos temos escolha, e cada um faz a sua.

Anônimo disse...

Eu também vou ficar por aqui...