09/11/2008

Look at all the lonely people...

Ahhh
Acho, de verdade, que seja muito drama da minha parte.
Quem há de negar a maravilha que é a minha vida?
Tenho pais que vivem juntos, irmãos presentes, uma família expetacularmente unida, amigos de muito tempo, estudo em uma das melhroes faculdades do país. Não preciso trabalhar, raramente estou sozinha, tenho um bom humor crônico. Não tenho problemas de saúde, meus problemas financeiros realmente não me abalam. Tenho religião e um nível cultural alto.

Quantas decepções eu posso ter tido na vida?

Não sei o que me deixa triste.
Quando penso que a inteligência é que mata, não quero dizer que sou um gênio, mas sim que as vezes eu queria ter o dom da ignorância.
Ignorar que a vida é mais que isso.

Mas o que eu tenho a reclamar?

Me incomoda ouvir minha analista dizer que eu me torturo demais.
Deve ser isso...
Mas acho que ando perdendo essa luta.
Ando me rendendo às lágrimas, as quais tenho fugido todos esses anos.
Mas chorar de que? Pra que?



Existe um intensidade que toma conta de mim.
E quando tento mudar é com tamanha intensidade que pego o caminho errado.
E quando tento voltar é com a mesma intensidade que quebro a cara.
Minha vontade é grande, meu remorso ainda maior.


Mas sei lá o que me dá...
"Você não gosta de si mesma." Foi a verdade mais doída que ouvi nos últimos tempos.
É por isso tanto exagero para comer e para beber.
É uma tortura a que me exponho.
Porque não aceito reclamar de uma vida tão boa.
Porque não concordo em viver uma vida tão perfeita.
Porque não compreendo esse mundo tão doido.


Não sei bem o que está errado, muito menos como concertar.
Mas agora sei que há algo errado. E esse saber me traz ainda mais dor.

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